sábado, janeiro 18, 2020

Zé Dirceu Memórias



Muitos escreveram sobre José Dirceu, com mais erros do que acertos. Com tempo, na prisão, ele mesmo escreveu a fascinante história de sua vida.
Os bastidores inéditos de sua militância estudantil nos anos 1960, o exílio e o treinamento para ser guerrilheiro em Cuba, a cirurgia plástica que mudou seu rosto, a vida clandestina no Brasil nos anos 1970, a volta à legalidade com a anistia, em 1979, e sua ascensão no Partido dos Trabalhadores, onde se tornou presidente e maior responsável pela eleição de Lula à presidência da República.
Pela primeira vez ele revela segredos dos bastidores da luta política dentro do PT e do próprio governo, onde foi chefe da Casa Civil e provável sucessor de Lula, até ser abatido pelas denúncias do chamado “Mensalão”.
No primeiro volume de suas “Memórias” – outro virá, com novas revelações – ele expõe o que jamais foi dito sobre sua vida e sobre os principais líderes da política brasileira nos últimos 50 anos. Um livro imprescindível para se entender como foi a luta contra a ditadura militar, a redemocratização, a derrubada do presidente Fernando Collor, a oposição aos governos de Fernando Henrique Cardoso, a eleição de Lula e Dilma e o atual momento político do país.




quarta-feira, janeiro 15, 2020

Cinco fatos literários sobre Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aderiu a uma brincadeira nas redes sociais e listou fatos literários ligados ao período de 580 dias em que ficou preso. 
O gênero que mais gosta é o de biografias. “Sou fascinado por biografias. Nesses 580 dias, li as de Tiradentes, Fidel, Mandela, Prestes, Chávez, Putin, Marighella, entre outros”, relatou.
Os romances e não-ficção também têm espaços de destaque na ‘prateleira’ do ex-presidente.
“Meus preferidos nesse período: ‘O Amor nos Tempos do Cólera’, do Gabriel García Márquez, ‘A Elite do Atraso’, do Jessé Souza, ‘A Fome’, de Martín Caparrós, ‘O Petróleo’, de Daniel Yergin, ‘Sapiens’, de Yuval Harari e ‘Escravidão’, de Laurentino Gomes. 

domingo, janeiro 12, 2020

Porque Indiquei o Livro Relações Obscenas


Quem acompanha a política brasileira dos últimos anos e os documentos revelados pelo The Intercept Brasil sente aquela sensação de esperança e fé de que tudo será, finalmente, esclarecido e os responsáveis punidos. 

A Lava Jato foi vendida pela mídia e pela direita como a maior operação de combate à corrupção da história. Más todos nós, que acompanhamos a história de vida do ex presidente Lula, sabíamos que seu objetivo nunca foi combater a corrupção, mas retirar o Partido dos Trabalhadores do poder.

Não tínhamos dúvidas sobre o comportamento antiético do ex juiz Sergio Moro.

E nesse sentido, a Vaza Jato coordenada por Glenn Greenwald confirmou, não só o que sabíamos, mas também mostrou em detalhes como atuavam o ex juiz e os procuradores do MPF para condenar o ex presidente Lula.


Sandra Rezende 


O livro Relações Obscenas é primoroso, em 420 páginas, intelectuais descrevem as relações entre MPF, Judiciário e extrema direita em uma sucessão de análises, juntando os pontos, seguindo as trilhas e dando forma aquilo que norteava nossos pensamentos
Relações Obscenas é uma leitura importante para todos os brasileiros, independentemente, da sua posição política.

sábado, janeiro 11, 2020

Utopia de Thomas More


O livro Utopia, na verdade, remonta a uma ilha imaginária em temas considerados atuais até hoje, como a paz, guerra, finanças, poder, colonização e economia. 
More, que era um diplomata inglês, teria escrito Utopia em maio de 1515 nos intervalos de negociações em Flandres para defender os interesses de mercadores londrinos. 
Na ocasião, havia uma disputa entre o reino da Inglaterra e o príncipe de Castela, Carlos. Ela girava em torno da proibição pelos holandeses da importação de lã fabricada na Inglaterra. 
Embora descreva uma ilha imaginária, Thomas More descreve várias passagens reais da negociação e usa o livro para criticar o rei Henrique VIII. Não escapam à crítica os demais estados europeus, como a França. 
A ilha imaginada por More é perfeita não só na concepção política, com os cidadãos gozando da eficiência do Estado. Sendo assim, a religião também retrata o ideal de tratamento entre os homens. 
Ambos os casos diferem do que ocorre na Europa, que ainda lança mão da colonização para impor a religião cristã. 
More não deixa de criticar a ânsia pela conquista, considerando que Utopia é retratada somente 24 anos após a descoberta da América, dominada, agora, pelos ingleses. 


quinta-feira, janeiro 09, 2020

Relações Obscenas do The Intercept Brasil


A editora Tirant Lo Blanch Brasil disponibilizou em sistema de pré-venda o livro “Relações Obscenas – As revelações do The Intercept Brasil. A obra, que estará disponível nas livrarias pelo valor de R$ 90, pode ser adquirida por R$ 60 até a data do seu lançamento pelo site da própria editora.
O livro traz artigos, de renomados intelectuais de diversas áreas de atuação, com análises pontuais sobre os principais pontos revelados pela série de reportagens #VazaJato. O livro tem mais de 60 autores e 420 páginas e divididas em cinco partes com prefácio do jornalista Fernando Morais (leia aqui ) A primeira delas, denominada “‘A’ Vítima” tratará especificamente sobre a situação do ex-presidente Lula no conluio entre promotores e o juiz Sérgio Moro. A segunda delas, “As vítimas”, será sobre as consequências das ações orquestradas. 
A Vaza Jato – A série de reportagens que inspira o livro teve início em junho de 2019 quando o jornalista estadunidense, Glen Greenwald, publicou a primeira matéria com base em um vazamento, encaminhado a ele por uma fonte anônima, de conversas do procurador Deltan Dallagnol, chefe da Força-Tarefa da Operação Lava Jato, com o agora ex-juiz Sérgio Moro e outros procuradores envolvidos. 
Entre os diálogos vazados estão encontros “fortuitos” com representantes da Suprema Corte Brasileira, a revelação do receio da fragilidade de acusações e orientações do juiz aos procuradores, claramente envolvendo-se como parte da acusação. O jornalista tornou-se mundialmente conhecido ao denunciar em parceria com Edward Snowden a vigilância global estabelecida pelos Estados Unidos. A história, além de um filme, rendeu ao jornalista os maiores prêmios do jornalismo mundial.