segunda-feira, agosto 23, 2021

A Resposta
KATHRYN STOCKETT

 


Uma história de otimismo ambientada no Mississippi em 1962, durante a gestação do movimento dos direitos civis nos EUA.

Eugenia Skeeter Phelan acabou de se graduar na faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora, mas encontra a resistência da mãe, que quer vê-la casada. Porém, o único emprego que consegue é como colunista de dicas domésticas do jornal local. É assim que ela se aproxima de Aibellen, a empregada de uma de suas amigas. Em contanto com ela, Skeeter começa a se lembrar da negra que a criou e, aconselhada a escrever sobre o que a incomoda, tem uma ideia perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas.

https://lelivros.love/book/download-a-resposta-kathryn-stockett-em-epub-mobi-e-pdf/


Catolicismo e Escravidão
Ricardo de Souza


Ricardo Luiz de Souza, em seu livro Catolicismo e Escravidão: o discurso e a posse, traz a público as tradições e contradições da Igreja Católica quanto ao processo de escravidão indígena e africana no Brasil e, mais amplamente, na América Latina.  

A fim de analisar o posicionamento desta Instituição ao longo dos séculos, o autor se aprofunda na literatura especializada, sobretudo nas obras de Gonzalo Fernandez de Oviedo, Juan Ginés de Sepúlveda, Francisco de Vitoria e Bartolomé de Las Casas. Os dois primeiros, defensores da escravidão indígena e, os dois últimos, críticos desta prática. A análise comparativa destes autores ajuda o leitor a esclarecer pontos importantes sobre o debate da escravatura na América colonial, especialmente em relação ao tratamento diferenciado dado aos indígenas e africanos em solo americano. Enquanto a escravidão indígena era, para alguns, considerada contrária aos preceitos cristãos, a exploração dos povos africanos, por vezes, era estimulada pelos mesmos autores.


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https://portal.unila.edu.br/editora/livros/e-books/catolicismoescravidao-1.pdf

O Ócio Criativo
Domenico De Masi


Pra muita gente, defender o ócio pode parecer “andar na contramão”, num mundo em que o trabalho e a agilidade são supervalorizados. No entanto, quando o assunto é o ócio criativo, a coisa muda de figura. 

Esse conceito popularizou-se com o sociólogo italiano Domenico De Masi, após o lançamento do livro O Ócio Criativo, 1995. Nessa obra, o autor não se refere ao ócio como indolência, preguiça ou algo alienante. Pelo contrário, o ócio criativo aparece como uma combinação harmoniosa do trabalho, estudo e lazer.

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https://blog.12min.com/br/resumo-do-livro-o-ocio-criativo-pdf/amp/



segunda-feira, agosto 02, 2021

Guerra Cultural - A Retórica do Ódio
João César Castro Rocha


O senhor entende que há uma guerra cultural especificamente bolsonarista e que ela difere de um conceito mais amplo de guerras culturais. Quais são os pilares dessa guerra cultural bolsonarista?

Eu não nego em nenhuma circunstância que há elementos dessa guerra cultural bolsonarista que são elementos transnacionais, que você vai encontrar na chamada alt-right americana, vai encontrar no Movement, do Steve Bannon; e há uma série de técnicas, sobretudo aquelas associadas à utilização muito hábil das redes sociais, que não são especificamente bolsonaristas ou particularmente brasileiras. Mas o que eu estou sugerindo, desde março de 2019, é que a guerra cultural bolsonarista é o eixo do governo. Isto, naquela época, parecia absurdo porque todos atribuíam às políticas anticorrupção do Sergio Moro e à agenda liberal econômica do Paulo Guedes os pilares fundamentais [do governo Bolsonaro], mas eu já afirmava que o eixo do governo como um todo é a guerra cultural bolsonarista.

Qual é o esteio da guerra cultural bolsonarista? O que conformou a mentalidade de Jair Messias Bolsonaro e seu clã? O Bolsonaro, mais do que um político, é uma franquia; há uma franquia Bolsonaro de políticos. A mentalidade de Jair Messias Bolsonaro foi formada pelo Exército brasileiro, mas moldada numa linha muito particular do Exército, que é marcada pelo ressentimento a partir da repercussão de um autêntico livro-monumento lançado em 1985 que é o livro Brasil: nunca mais. Esse é um livro particularmente importante porque denunciou as torturas, as arbitrariedades e desaparecimento de corpos da ditadura militar de uma forma incontestável. Sob o patrocínio do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, ele principiou em 1979, quando os advogados de presos políticos tiveram acesso aos processos de seus clientes e ganharam o direito de ficar com eles durante 24 horas. Eles xerocaram os processos do Superior Tribunal Militar, reunindo aproximadamente 6 mil páginas, e eis a surpresa: em processos instruídos pela própria Justiça Militar, isto é pela própria ditadura militar, os presos denunciaram aos juízes militares as torturas que haviam sofrido. O Brasil: nunca mais reúne um conjunto de depoimentos de jovens de 20 e poucos anos, extraídos dos processos da Justiça Militar, em que todos fazem o mesmo relato, alguns dizem que foram usados como cobaia em aulas de tortura. É impressionante, um livro negro da ditadura militar.