Desde o julgamento da ação penal 470, mais conhecida como Mensalão, o Supremo Tribunal Federal viu-se no centro do debate nacional. Seus integrantes se tornaram amplamente conhecidos e, também por isso, passaram a usar a opinião pública como fundamento para seus votos. Nos turbulentos anos de uma das maiores crises políticas e econômicas que o país já viveu, o protagonismo a que foi alçado o tribunal criou um conjunto novo de desafios. O livro traz histórias que permitem descrever os contornos, causas e consequências dos grandes casos que envolveram o tribunal, incluindo o recente e polêmico inquérito sobre fake news aberto por Dias Toffoli e comandado por Alexandre de Moraes. Onze é o número de ministros do Supremo, que atuam como “onze ilhas”. A expressão foi cunhada pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence e se consolidou como chave de interpretação para o funcionamento do tribunal, com a proliferação de decisões monocráticas e a sucessão de embates internos. Num momento em que o STF se vê sob o ataque de expoentes do governo federal e de militantes nas redes sociais, entender as dinâmicas da última instância do poder judiciário é mais importante do que nunca. (Resenha: Os Onze – Felipe Recondo e Luiz Weber)
Opinião: Lançado em 2019, o livro Os Onze, escritos pelos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber, é um grito de alerta para a população brasileira, descortinando o que deveria ser o tribunal de defesa da Constituição Federal Brasileira.
O livro conta os bastidores do STF desde os tempos de julgamento da ação penal 470, o famoso mensalão, onde políticos do governo Lula foram acusados de pagar, com dinheiro público, propina mensal para políticos votarem favoravelmente a projetos de interesse do governo. Na época, o escândalo mostrou que não havia santo no Brasil e que todo o Congresso Brasileiro poderia estar envolvido em um dos maiores escândalos da politica brasileira.